Minha voz é árida e não haveria de ser outra. Sou um filho do semi-deserto. Léguas tantas distante da casa mátria, tenho-o ainda por conselheiro rude e de fiel sabedoria. Corro tempo de pataca cruzada. Sigo pelo mundo entrecortando a prudência harmoniosa e passiva do silêncio com gritos subitamente tomados pelo fogo que arde o deserto. Grito como quem domina a fera; grito como quem é dominado pela fera. Silencio. Tempo, tempo, tempo. O airbus risca o céu vazado de estrelas e não cumprimenta seu joão. Sertanejos pela noite quase escura assistem televisão.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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