sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tem[p]o.

Santana velava por nós. Fiquei quase quarenta minutos esperando o uefs direta naquele ponto. Não consegui sentir medo da Feira. Estouraram foguetes no céu e todo mundo na rua pensou que fossem tiros. Uma moça sentou depois e disse a outra, aos risos, que tinha sido roubada mais cedo. Logo mais, uma outra moça entrou num beco (claro) entre dois estacionamentos de joão borges. Duas senhoras no ponto disseram: 'olha lá, dalva. é por isso que acontecem as coisas.' Na conselheiro franco, um rapaz com um porrete na mão me pediu moedas. Disse que não queria roubar. Eu, que costumo avaliar caso a caso quando pedem grana na rua, acreditei nele. Dei-lhe cinqüenta centavos. Achei bonita sua forma de coação. O porrete ficou o tempo inteiro com o cano virado pra baixo. Sinal de que ele me respeitava. Era noite e não parei para perguntar o que ele faria com o dinheiro. Estava com pressa.

Um comentário:

  1. Perfeição. Também me visualizei com a leitura!Cotidiano. Muito bom!

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